quinta-feira, 29 de maio de 2014

Schoolhouse Rock


Hoje eu vim aqui dar uma dica bem legal pra quem vai cuidar de kids em idade escolar, de 5 a 11 anos (elementary school).
Cá estava eu passeando pelas ruas da internet, procurando atividades divertidas sobre simple past pra passar pros meus alunos (sou professora de inglês) na aula de amanhã e me deparei com o Schoolhouse Rock.

Schoolhouse Rock foi uma série de desenhos curtinhos, com duração de mais ou menos 3 minutos cada, que ensinava através da música sobre diversos assuntos: gramática, ciência, matemática, história, computadores, economia e meio ambiente. Tem um pouco de tudo pros pequenos aprenderem.

As músicas são muito legais. Schoolhouse Rock torna o aprendizado de coisinhas chatas como pronomes, preposições e advérbios, em uma atividade bem divertida. Aposto que suas kids vão adorar. No youtube tem praticamente todos os episódios, é super fácil de achar.

Esse episódio é o que vou passar para os meus alunos amanhã e ele ensina o simple past:

domingo, 25 de maio de 2014

Letter to the host family


Uma dúvida muito comum nesse processo louco pra ser au pair é sobre a carta para a host family. O que escrever?
Quando eu ainda nem tinha começado o meu processo já pesquisava sobre isso e li vários modelos de cartas. Mal sabia eu que nem precisaria escrever uma carta muito boa, pois o meu match não foi por agência (você pode ler mais sobre a história do meu match aqui). 

O Mark (dono da Expert e que cuidou de todo o meu processo) me disse que eu precisaria escrever qualquer besteirinha só pra constar no processo. Entretanto, eu quis escrever uma carta legal. Eu comecei falando meu nome e idade, contei sobre a minha família e os nomes deles. Em seguida falei sobre a minha faculdade e disse que eu queria fazer aulas na minha área quando eu fosse au pair. Escrevi sobre os meus hobbies e claro, sobre as minhas experiências com crianças. 

Uma dica que eu dou é que você precisa deixar bem claro que realmente gosta de crianças. A família que tá lendo a carta não quer saber se você quer curtir, ir pra balada, passear, etc. Eles querem alguém que vá gostar dos filhos deles de verdade e que passe confiança. se mostre uma pessoa ativa e disposta a aprender. 

Aí abaixo tá a minha carta pra quem quiser ler e se inspirar :)

Dear host family,

My name is Jessica Pinheiro, I'm a 22 year old from Juazeiro do Norte, Brazil and I would love to be your au pair.
I live with my parents and my two siblings. My mother, Isaura, is a dentist. My father, Rogério, is a teacher and an electrician. I have an older sister, Bruna, who is a lawyer and a younger brother, Bruno, who is a college student and an English teacher.  
I am also a college student. I went to law school for about a year and a half, but I didn't like it and decided to drop out to pursue what I really wanted. Now I am majoring in journalism. I like journalism and I plan on taking some classes in my area when I become an au pair. Before deciding my major, I went to cooking school and got myself a technical degree. Cooking is my hobby and I love it. I also like to teach. I taught at an English school in my city for a semester, but I had to quit because of my classes. Now I have a scholarship at college. I teach English to students and professors there once a week and I get paid for it.
I am currently a part-time nanny for a 4 year-old boy too. I bathe him, prepare his lunch, play with him, help with his school activities and sometimes I get to put him to bed. I also eventually babysit his 5 year-old cousin Maria Paula. In 2012 I used to babysit my neighbor’s niece, Frida. She was 8 at the time. I helped her with homework and taught her a little bit of English. I genuinely love to be with children and there's nothing in this world that can make me happier than to be around those pretty awesome miniature human beings. Kids are honest, affectionate and full of character. Taking care of kids is a definite skill set; it helps me to develop my negotiation abilities and to be more patient, creative and responsible. I just really love kids in general. There's absolutely no higher honor than a 7 year old saying you're cool.
Besides cooking, my favorite activities are reading, writing, going to the gym, watching tv shows and movies (great to help me improve my english skills), biking, roller skating and hanging out with friends. I also play the keyboard (just a little) and I want to learn to how to play the guitar. I'm interested in languages (I understand spanish and speak it intermediately) and I'm trying to learn french by myself. I am also interested in photography, documentaries and painting (I paint a little too).
I hope you enjoyed learning a little about me. I would love to learn about you and your family. I hope I am the right person to be part of your family and take care of your children. I look forward to hearing from you soon.

Have a nice day!

Jessica.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

I've got my visa!


Siiiiiiiiiiiiiim, meu visto foi aprovado!!!!!!!!!!!!! Olha, na minha opinião, a parte entre marcar o visto e ter o visto aprovado é a parte mais difícil de todas.
A gente sabe que nessa vida de pré-au pair/au pair ansiedade é um sentimento que tá ali sempre presente. Entretanto, o nosso sonho depende crucialmente do bendito visto. Logo, pra mim, foi a parte mais complicada emocionalmente falando. Entre o dia em que marquei a minha entrevista e o dia em que ela aconteceu, passou-se pouco mais de um mês. Foi um mês contando os dias para que chegasse logo e quanto mais perto estava, mais ansiosa eu ficava. Foi uma semana sem dormir direito, tendo pesadelos todos os dias com os mais loucos e inimagináveis cenários. O pior de tudo era que ninguém entendia pelo que eu estava passando, eu não podia conversar sobre isso com ninguém. Foi angustiante.
Eu tive que viajar até Recife, que é onde tem o consulado mais perto de onde eu moro (Ceará). Viajei sozinha e fiquei hospedada na casa de um amigo da minha irmã, que mora bem pertinho do consulado. Detalhe: quem depende do consulado de Recife fica totalmente à mercê do tempo, pois se chover forte alaga a rua do consulado e eles cancelam as entrevistas do dia. Se a minha fosse cancelada, eu teria que pagar outra passagem de avião pra voltar, então some isso à ansiedade de saber se o visto seria aprovado.
Cheguei em Recife no dia 11 de maio, à tarde. Avisei ao representante da Expert que ia me encontrar na cidade e nós marcamos de nos encontrarmos no dia seguinte, antes de eu ir ao CASV. Confesso que fiquei em pânico, pois tinha medo do cara não aparecer (ele iria me entregar o meu DS-2019 e o comprovante de pagamento da taxa SEVIS). Ele se atrasou um pouco (nessa hora eu já não tinha mais unhas pra roer), mas deu tudo certo. Ele me entregou um papel pra preencher (em inglês, pra testar meu nível de fluência) e em seguida me deu o DS e a SEVIS.  
No dia do CASV foi bem tranquilo. Cheguei lá uma hora mais cedo, porém NÃO FAÇA ISSO. Não adianta. Só pode entrar no CASV (e também no consulado) 15 minutos antes do seu horário agendado. Depois de esperar uma hora do lado de fora, entrei, coloquei os dedos lá na máquina de digitais, tiraram minha foto e pronto. Não foi 10 minutos ao todo. Levei o celular pois precisaria chamar o taxi depois pra voltar e foi super tranquilo. Eles só pedem pra tirar a bateria e deixam você entrar tranquilamente.
No outro dia era a temida entrevista do visto. O meu horário agendado foi às 10h. Acordei às 7h e olhei logo se estava chovendo ou não. Como eu sou a pessoa mais azarada desse mundo, é claro que estava chovendo. Era uma chuvinha fina e meia-boca, só pra fazer raiva mesmo, sabe? Fiquei em pânico e pedi ao universo que me desse só até as 10h sem chover e depois o céu poderia desabar. Pois não é que fui atendida? Parou de chover minutos antes de eu sair de casa.
Saí às 9:30, pois o consulado ficava a apenas 600m de onde eu estava hospedada (anotei as instruções de como chegar lá diretamente do google maps numa folha de ofício, já que não pode levar o celular). Cheguei lá rapidinho e já me deixaram entrar. Na porta pedem pra ver a página de confirmação de preenchimento do DS-160 e o passaporte. A mulherzinha da porta marca que tá OK e diz pra entrar. Pouco mais à frente tem outra mulher que confere os documentos. Ela pede pra ver o passaporte, o DS-2019 e o comprovante de pagamento da taxa SEVIS. Daí ela fica com esses documentos e manda você sentar nas cadeiras que ficam tipo num pátio, onde tem um monte de gente esperando também.
Depois de esperar bastante, pelo que parece ser uma eternidade (não sei dizer o tempo preciso de espera, já que eu não tinha relógio), ela vai chamando algumas pessoas e quando é a sua vez, ela te entrega o passaporte com o DS-2019 dentro. Daí você entra no consulado e fica em uma fila em pé. A espera é mais curta, porém não menos angustiante. Daí finalmente chega sua vez de ser entrevistada. A cônsul que me entrevistou foi uma gordinha aparentemente super legal e logo quando eu vi ela da fila já pensei “eu quero ser entrevistada por ela”.
De fato ela era muito legal. Já começou dizendo, sorridente: “Oi, bom dia, como você está?” Sorri largamente e respondi “ótima e você?” Ela pediu meu passaporte e o DS-2019 e já falou logo, abrindo e lendo o documento – em inglês a partir daqui “Ah, você vai ser au pair?” Respondi em inglês (sempre sorrindo e sendo simpática) que esperava que sim.  Daí ela perguntou pra onde eu ia e antes de eu responder ela já falou: “Ah, Massachussets?” Falei que sim, que ia pra Boston. Ela me perguntou se eu já tinha viajado pro exterior (não), se eu tinha experiências prévias com crianças (sim e falei da minha experiência), se eu já tinha falado com a família e se eu sabia de quantas crianças ia cuidar (sim, e falei os nomes e as idades dos meninos). Perguntou com quem eu morava aqui (com meus pais e irmãos), o que os meus pais faziam e se eles me apoiavam. Perguntou também o que eu fazia no Brasil, quando falei que estudava ela perguntou o que (estudo jornalismo). Depois perguntou o que eu ia estudar lá nos EUA, falei que iria estudar English as a Second Language (ESL). Ela perguntou como eu conheci o programa. Falei que tinha sido pela internet e também porque minha irmã já foi au pair. Ela perguntou se minha irmã voltou depois de um ano e eu respondi que sim. E então ela disse “o seu visto foi aprovado, espera só eu preencher esses papeis”. E aí começou a digitar no computador.
Nessa hora meu olho encheu de lágrima e eu quis pular aquele vidro e abraçar ela, mas claro que só disse “obrigada, ok”. Então ela pegou um folheto e disse “tenho algumas informações pra te passar, você prefere inglês ou português?”. Respondi que inglês mesmo (a entrevista inteira foi em inglês). Ela pegou um folheto lá, arregalou os olhos e me disse “Olhe, você direitos nos EUA.” E então começou a explicar que eu tinha direito ao salário mínimo, que eu tinha direito a guardar meu passaporte comigo (gente?) e que qualquer coisa que acontecesse eu poderia ligar para a polícia no 911. Se eu não conhecesse a família, teria ficado com medo haha. Então ela disse que eu lesse aquele folheto antes de viajar e que meu passaporte, visto e DS-2019 iriam chegar na minha casa. Ela me disse também que eu mantivesse eles sempre na minha carry-on, nunca na mala despachada. Me desejou uma boa viagem e tchau.
Saí do consulado querendo chorar e pular de felicidade ao mesmo tempo. Foi bem mais tranquilo do que eu imaginava. Ela não quis ver nenhum documento meu, nem umzinho. Além dos documentos de praxe, minha irmã me fez levar uma pasta cheia de folha em branco, que era pra pensarem que eu estava cheia de documentos hahaha
Enfim, agora posso focar na faculdade que eu tô cheia de trabalho pra fazer nesse fim de semestre corrido. Depois é pensar no que vou levar na mala, nos presentes pra kids e pra host, na festa de despedida, no que preciso comprar antes de ir, etc. Mas isso é conversa para o próximo post.  

In the meantime...



É difícil saber o que postar por aqui quando o meu processo tá correndo bem devagar, já que só embarco quase no fim de agosto. Tudo bem que já tenho match e foi bem rápido e uma coincidência super incrível, porém ainda não tirei o visto e confesso que tô com muito medo disso. Meu visto tá marcado pros dias 12 (CASV) e 13 (consulado) de maio. O meu aniversário de 23 anos é no dia 14 de maio. Queria marcar a entrevista no consulado no dia do meu aniversário, mas a data não tava disponível. Vai que o consul ficaria com peninha de negar visto pra aniversariante, né? haha #sonha. 
Enfim, não tem muito o que postar por enquanto. Acredito que a internet já esteja saturadíssima de blogs contando detalhes do processo pra se tornar au pair (e eu amo lê-los), mas confesso que sinto falta de ver como é o dia-a-dia das meninas lá fora. Queria mais vídeos de a day in the life, sabe? Por isso que decidi que vou comprar uma action cam (estilo go pro, saca?) aqui no Brasil mesmo e vou registrar desde a saída da minha cidade, até a chegada na terra do Tio Sam; treinamento da agência, chegada na host family, casa da family, meu quarto e muitas outras coisinhas que eu sempre tenho curiosidade de saber como que é e ninguém mostra. Vou criar um canal no YouTube e planejo sempre ficar postando vídeozinhos de 5 minutos mais ou menos, não mais que isso que aí já fica maçante. 
Baixei o Adobe After Effects e decidi aprender a mexer pra fazer uma pequena intro pros meus futuros vídeos. Confesso que me diverti pra caramba e que adoro mexer com vídeos. Provavelmente não vai ser o produto final, mas dá pra ter uma ideia.